Tycho Brahe nasceu no dia 14 de dezembro de 1546 em Knudstrup, Dinamarca. Ele foi um astrônomo observacional da era que precedeu à da invenção do telescópio, e as suas observações da posição das estrelas e dos planetas alcançaram uma precisão sem paralelo para a época.
Tycho Brahe tinha 20 anos em 1566, quando se envolveu em uma disputa intelectual com um nobre dinamarquês chamado Manderup Parsberg, essa disputa acabou terminando em um duelo, do qual Tycho saiu sem um pedaço do nariz, que foi substituído por uma prótese de ouro, que escondia perfeitamente a parte mutilada.
Tycho Brahe sempre contou com a ajuda de parentes e governantes para seus estudos e excentricidades. O rei Frederico II da Dinamarca chegou a lhe dar uma ilha para fazer suas experiências, Tycho Brahe a transformou num pequeno reino cuja corte tinha até bobo, mas foi nessa ilha que ele construiu um observatório, Uraniborg, no qual fez uso de uma variedade de instrumentos (quadrantes, rodas, sextantes e esferas amilares rotativas), para perscrutar o céu. Construiu adicionalmente uma instalação subterrânea, para guardar os instrumentos, além de biblioteca, gráfica, laboratório de alquimia, fornalha e prisão para servos relapsos.
Uraniborg cresceu a ponto de tornar-se uma cidade, enquanto ele elevava a astronomia observacional a um estágio sem precedente, advindo-lhe em consequência enorme reputação internacional.
Uraniborg cresceu a ponto de tornar-se uma cidade, enquanto ele elevava a astronomia observacional a um estágio sem precedente, advindo-lhe em consequência enorme reputação internacional.
Em 1588, com a morte do Rei Frederico II, Tycho Brahe acaba não só perdendo quem lhe financiava, mas também perdendo sua ilha e a posição que ocupava na Dinamarca, pois ele não se dava muito bem com o novo rei Christian IV, e com os nobres da corte.
Em 1597, Tycho pegou a maioria de seus equipamentos, reuniu sua família e funcionários, e começou a se mover por toda a Europa, em busca de um local adequado para a criação de um novo observatório. Ao longo dos próximos dois anos, ele ficou em várias cidades alemãs, em seguida, em 1599, Tycho foi convocado para a corte de Rodolfo II, rei da Boêmia, o rei Rodolfo II tinha transformado Praga no centro cultural da Europa, e também resolveu financiar Tycho, lhe nomeando como Mathematicus imperial, com um salário de 3.000 florins por ano, e deu-lhe o castelo de sua escolha.
Foi em Praga que Tycho contratou como assistente o astrônomo alemão Johannes Kepler, a quem, antes de morrer, confiou todos os seus dados sobre as estrelas e um cuidadoso trabalho sobre o planeta Marte.
Tycho Brahe morreu em 24 de outubro de 1601, onze dias depois de ficar muito doente durante um banquete. Por centenas de anos, a crença geral foi que ele teria morrido de um problema na bexiga. Foi dito que ele teria evitado de sair do banquete antes do fim, por boas maneiras, e que isso teria causado o rompimento de sua bexiga, desenvolvendo uma infecção, que o matou. Essa teoria foi apoiada pelo relato de Kepler.
Após a sua morte, os seus registros dos movimentos de Marte permitiram a Johannes Kepler descobrir as leis dos movimentos dos planetas, que deram suporte à teoria heliocêntrica de Copérnico. Tycho não defendia o sistema de Copérnico, mas propôs um sistema em que os planetas giram à volta do Sol e o Sol orbitava em torno da Terra. Era uma maneira de propor um meio termo entre a igreja e ciência.
Consta que antes de morrer, Tycho Brahe teria dito a Kepler: "Ne frustra vixisse videar!", "Não me deixe parecer ter vivido em vão"
O sepulcro de Tycho Brahe foi aberto no dia 15 de Novembro de 2010, na Igreja Týnský em Praga por uma equipe internacional de arqueólogos dinamarqueses e tchecos, doutores, químicos e antropólogos. Os investigadores esperam usar testes de DNA e outras modernas ferramentas diagnósticas para aprender o mais possível acerca da história médica e da vida de Tycho Brahe.
Arqueólogos levantam o pequeno caixão com os restos mortais do astrônomo Tycho Brahe.
Crédito: AFP
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